terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fernando Collor, senador da República

Que medo, senhor Fernando Collor, quando o senhor, de dedo em riste, olhos esbugalhados à Jânio Quadros, tremendo todo de raiva, de ódio, tomou do microfone de apartes da sessão do Senado, ontem, 3 de agosto de 2009, para responder ao senador Pedro Simon! Que medo! Está certo, o Simon joga para a arquibancada, quando ataca duramente o Sarney, isso não nego. Mas não precisava de todo aquele ódio, ao dizer que (trementes aspas abertas) as palavras que o senhor acabou de pronunciar são palavras que não aceito. Quero que o senhor as engula agora, as digira e faça delas o uso que vossa excelência julgar conveniente (fechadas as medrosas aspas)! E sabe por que fiquei com medo, senhor Collor? Porque me lembrei de um antecedente: o seu pai! Sim, o seu velho, cara, que um num dia 5 de dezembro de 1963 assassinou, com um tiro no peito, o senador acreano José Kairala, em plena tribuna, quando pretendia matar seu inimigo político, o senador Sivestre Péricles e errou os três tiros. Pois, é: o velho Arnon de Mello podia muito bem estar ressuscitando ali, naquela sua raiva, naquele seu ódio, e uma desgraça podia estar se anunciando. Por isso, tive medo, cara. E se fosse eu o Pedro Simon, colocaria todos os meus fios de barba de molho em água morna, cara. Aliás, todos os demais senadores deviam fazer o mesmo, né? Se o senhor também for ruim de tiro como seu pai, vai saber pra quem pode sobrar, não é mesmo? Por isso, senhor Fernando Collor, sugiro que engula o senhor a sua ira e, antes de qualquer ato impensado, VÁ LAMBER SABÃO, juntamente com toda a corja que o acompanha!

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