segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Boris Casoy, âncora do Jornal da Band

Sei que já estou chutando cachorro morto, senhor Bóris. Mas não posso deixar de registrar o meu protesto pela sua frase mais do que infeliz, ao dizer que (vamos abrir a merda dessas aspas) ontem, durante o intervalo do Jornal da Band, em um vazamento de áudio, eu disse uma frase infeliz, que ofendeu os garis. Por isso, quero pedir profundas desculpas aos garis e aos telespectadores do Jornal da Band (fechemos a merda dessas aspas). Isso é o típico caso em que a emenda ficou pior, muito pior do que o soneto, senhor Bóris. Devia ter ficado quieto. Devia ter-se encolhido na sua arrogância, um pouco, um pouquinho só, e não aparecer com essa falsa cara de pau de compungido a pedir desculpas pelo seu preconceito, não exatamente contra os garis, mas contra todos os trabalhadores braçais desse país. E por que o senhor pedia desculpas? Pela bobagem comentada um dia antes, quando o senhor, senhor Bóris, um dinossauro da televisão, inocentemente não percebeu que o áudio estava ligado, para proferir esta barbaridade (abramos de novo a merda das aspas) que merda! Dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras... O mais baixo na escala do trabalho... (fechemos de novo a merda dessas aspas), após aparecerem em seu jornal, seu Bóris, sujando a imagem impoluta dessa merda que é o seu jornal televisivo, dois garis desejando felicidades ao povo brasileiro. Bostão, o senhor é um grande bostão! Porque, seu Bóris, mais baixo na escala do trabalho é a sua língua, o seu preconceito, a sua arrogância. Quando você brandia aquele estúpido bordão (aspas) é uma vergonha! (aspas), eu me remoía por dentro a pensar que o senhor, sim, era uma vergonha, ao se pretender a borduna do mundo, como um moralista safado que o senhor é, isso sim. Dizer o que o senhor disse, senhor Bóris, é sinal mais do que claro de que o senhor já morreu há muito tempo e só falta o velório. Imagino o que o senhor deve pensar de todos os trabalhadores braçais desse País, inclusive os que trabalham com o senhor, puxando cabos, empurrando pesadas câmeras, varrendo o seu estúdio, trazendo-lhe um copo d’água... Por isso, senhor Bóris, quero que gente de sua laia VÁ LAMBER SABÃO, muito sabão, para limpar essa língua suja, que diz coisas que só uma mente arrogante, preconceituosa e imbecil como a sua pode dizer.

(Ilustração de Toni d’Agostinho)

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