sábado, 22 de janeiro de 2011

Portal UOL, da Folha de São Paulo





A tragédia das serras fluminenses abre feridas profundas no sentimento do povo brasileiro. Embora pudesse, em parte, ser minimizada por um sistema mais confiável de previsão, impossível antecipar a extensão e profundidade dos eventos. Chuvas torrenciais que, provavelmente, só ocorrem em intervalos muito longos de tempo, não deixam dúvida sobre a precariedade humana diante de fenômenos da natureza. O problema se agrava quando o homem – por estupidez, cupidez, ignorância (e elas quase sempre andam juntas) – arrosta o perigo e desafia essas forças naturais. O estrago foi profundo e extenso. Deixou milhares de pessoas desabrigadas e outras centenas mortas. E comovem-nos sobretudo as dezenas de crianças órfãs, não órfãs comuns, mas que perderam, às vezes, toda a família, pais, irmãos, tios e primos. No entanto, mais do que a estupidez humana de construir suas casas em zonas sujeitas a cataclismos, é a estupidez de gente que, diante da dor humana, prefere os cães às crianças, prefere animais perdidos a crianças órfãs. E isso me deixa muito, mas muito mesmo, enfurecido, quando, pensando em todas as crianças que não sabem ainda como voltarão a ter uma vida normal – se é que um dia a terão – encontro no portal do UOL esta pérola: (abram-se todas as aspas) feiras de adoções oferecem animais resgatados na região serrana neste final de semana no Rio de Janeiro; na foto, o cãozinho adotado por Gerson Martins de Souza (fechem-se, como num caixão de vampiro, todas as aspas). Não sei nem quero saber quem é o imbecil do Gerson Martins de Souza, mas sei muito bem quem está por trás do jornalismo podre e sacana do portal do UOL – a famigerada Folha de São Paulo, com toda a força de sua tradição de escrever e divulgar merda através de seus órgãos de comunicação. Por isso, calo-me, e quero que, neste momento, juntamente com todas as idiotas das pessoas que adotam cães em vez de crianças, que preferem animais a seres humanos, que o UOL VÁ LAMBER SABÃO, muito sabão, para tirar da boca de seus repórteres e colunistas todo o ranço de imbecilidade, estupidez e preconceito que os ataca não de vez em quando, mas de vez em sempre.

5 comentários:

  1. Letícia Sallorenzo24.1.11

    Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Animais estão sofrendo tanto quanto crianças. cuidar dos que perambulam pelas ruas sem donos, porque eles morreram, é tão importante qto cuidar das criancinhas órfãs - até porque criancinha órfã não é fonte de doenças.
    Não entendo essa necessidade excludente: por que os cães e gatos não podem ser socorridos? Por que só as criancinhas devem ser socorridas?
    Por que cuidar de criancinhas exclui obrigatoriamente cuidar de cães e gatos?
    Ou por que cuidar de cães e gatos exclui, obrigatoriamente, cuidar de criancinhas?

    O grau de desenvolvimento de um país se dá, dentre várias outras coisas, pelo respeito e cuidado que tem para com seus animais.
    um país que sabe respeitar seus animais é um apís que já aprendeu, de há muito, a cuidar de suas criancinhas.

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  2. Anônimo24.1.11

    Concordo em parte, as crianças tem diversos orgãos para dar-lhes assistência e os animais ?

    Ficam largados ?

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  3. Anônimo24.1.11

    Oração de um cão abandonado

    Sabe, senhor, ainda não entendi. Viemos à praça, pensei ser um passeio; estranhei, ele não tinha esse hábito, mas fui, feliz.
    Lá chegando, ele me deu as costas, entrou no carro, e nem me disse adeus. Olhei para os lados, nem sabia o que fazer. Ainda tentei segui-lo e quase fui atropelado. Que teria feito eu de tão mal?
    À noite, quando ele chegava, eu abanava o rabo, feliz, mesmo que ele nunca viesse ao quintal me ver. Às vezes eu latia, mas tinha estranhos no portão; não poderia deixa-los entrar, sem avisar o meu dono!
    Quem sabe, foi a minha dona que mandou, devia estar lhe dando trabalho... Mas não as crianças, elas me adoravam. Como sinto saudades! Puxavam-me a calda, as vezes eu ficava uma fera, mas logo éramos amigos novamente. Creio que eles nem sabem, devem Ter dito que fugi.
    Estou faminto, só bebo água suja, meus pêlos caíram quase todos. Nossa, como estou magro!
    Sabe, Pai, aqui neste canto que arrumei para passar a noite, faz muito frio, o chão está molhado.
    Creio que, ainda hoje vou me encontrar contigo, ai no céu, meu sofrimento vai terminar. Ao menos em espírito, terei permissão de ver as crianças.
    Peço-vos, então, não mais por mim, mas por meus irmãozinhos. Mande-lhes a pessoas que deles tenham compaixão, pois, sozinhos como eu, não viverão mais que alguns meses na terra do homem.
    Amenize-lhes o frio, igual ao que sinto agora, com o calor dos atos de pessoas abençoadas. Diminua-lhes a fome tal qual a que sinto, com o alimento do amor que me foi negado. Sacie-lhes a sede com a água pura dos seus ensinamentos transmitidos ao homem.
    Elimine a dor das doenças, extirpando a ignorância da Terra. Tire o sofrimento dos que estão sendo sacrificados em atos apregoados como religiosos, científicos e tudo mais, tirando das mãos humanas o gosto, pelo sangue. Ampare as cachorrinhas prenhas que verão suas crias morrerem de fome, frio e pestes, sem nada poder fazer.
    Abrande a tristeza dos que como eu foram abandonados, pois entre todos os males, o que mais me doeu foi este.
    Receba, Pai, nesta noite gélida, a minha alma, pois não será o meu sofrimento, mas a dos que ficarem, é por eles que vos peço.

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  4. Anônimo24.1.11

    Quem quer um cão como filho não quer uma criança. São coisas distintas. Há quem queira cuidar de bicho, quem queira cuidar de criança, quem queira cuidar de idosos, quem queira cuidar de deficientes... enfim, um mundo de amores difrentes para dar.

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  5. Anônimo24.1.11

    Isaias... vá lamber sabão você, coisa ruim, pra ver se melhora essa tua pobre vida... você é que tá com muito ranço e ainda não percebeu!

    Faço minhas as palavras da Letícia

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