domingo, 23 de agosto de 2009

Pedro Simon, senador da República/RS

Já houve um tempo, sim, senhor Pedro Simon, que tive até certa admiração para com o senhor. Vinha com uma aura de democrata, de pessoa inteligente, confiável. Mas, atualmente, senhor Simon, que vergonheira! Está bem, o seu desafeto de partido, que o senhor ajudou a eleger presidente do Senado, não é lá flor que se cheire. Aliás, em matéria de cheiro, o senhor não é lá grande coisa, também não, mas quem sou eu para apontar dedo em riste como o senhor tem feito sistematicamente, como um anjo vingador, senhor de todos os mistérios, apocalíptico, como todo moralista de plantão, essa gente insuportável que senta em cima da própria merda, para apontar a merda dos outros. O senhor, senador, é bem assim: dedo em riste, dramático, solene, impoluto com todo filho da puta que esconde suas próprias mazelas ofendendo e xingando os outros, como o fazem virgílios e álvaros, seus mais chegados companheiros de ódio e vingança. Agora, senador, o senhor me sai com está pérola (abro as aspas pro senhor, senador): esta casa é pior do que o inferno (fecho as aspas, senador). Ora, o senhor deve muito bem saber o que é o inferno, não é senador? Já esteve nele, principalmente durante a ditadura. E não aprendeu nada. Não trouxe nenhuma lição do inferno para fugir dele. Agarra-se a esse inferno, o Senado, como todos os demais que não podem perder a sinecura, o ganho fácil. Então, o dedo em riste, apoplético, como um demônio desse inferno de mordomias que o senhor insiste em não largar, joga para a arquibancada, de olho, com certeza, em uma nova eleição ou numa boquinha num pouco provável, mas possível, governo da turma do dedão sujo que arma todo dia um novo golpe para voltar ao poder. Se é isso aí um inferno, por que não renuncia, senador? Por que tanto sofrimento? Mas, não. O inferno tem compensações, tem ganho fácil, dá poder, dá visibilidade. Ora, ora, senador Pedro Simon, já que o senhor está aí nesse “inferno”, aproveite, convide o capeta e VÁ LAMBER SABÃO, mas um sabão daqueles que se fazia antigamente, de cinzas, já que o inferno é quente.

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