sábado, 12 de setembro de 2009

William Bonner, redator e apresentador do Jornal Nacional da Rede Globo

Primeiramente, palmas, muitas palmas, pela competência técnica do telejornalismo da Globo, pela excelência de seus jornalistas etc. etc. etc. No entanto, senhor Bonner, o telejornal hoje pilotado pelo senhor, ao completar quarenta anos, tem uma história muito pouco democrática para comemorar. Está certo, sim: houve bons momentos de bom jornalismo em todos esses anos. Você pode comemorar, sim, senhor Bonner. Mas, nós, brasileiros, não vamos nos esquecer nunca suas derrapadas históricas, como a demora dos senhores em cobrir o movimento das Diretas Já. Só entraram na cobertura do movimento que mobilizou o Brasil, e assim mesmo timidamente, depois que viram ser um anseio nacional que não podia ser desprezado. E mais: os senhores poderiam perder audiência. Também não vamos nos esquecer jamais, senhor Bonner, da tentativa golpista do telejornalismo global para impedir a eleição de Leonel Brizola governador do Rio. Está, também, muito nítida em nossa lembrança a famosa edição do último debate entre o famigerado Collor de Melo (o candidato que a Globo inventou) e Lula, quando editaram vergonhosamente o jornal em favor daquele falso caçador de marajás, levando o metalúrgico a perder uma eleição que estava ganha. E depois, todos viram no que deu o governo do seu candidato. E há ainda e sempre a sua defesa intransigente do ideário neoliberal demotucano que levou à venda a preço de bananas inúmeras empresas do Governo Brasileiro (e, portanto, do povo) pelo seu queridinho de sempre, um dos piores presidentes que o Brasil da já teve, o famigerado Fernando Henrique Cardoso. E há sempre a tentativa de manipulação das mentes do povo brasileiro, em se tratando de defesa de interesses difusos da Globo, com coberturas jornalísticas claramente tendenciosas, como fizeram a favor do picolé de chuchu, Geraldo Alckmin quando candidato à presidência. Portanto, senhor Bonner, apesar de todo um histórico de belas reportagens, o senhor esconde o lado negro, muito negro, do seu Jornal Nacional. Nem preciso lhe abrir aspas para lhe dar a palavra, senhor Bonner, porque o senhor já a tem todos os dias, no mais poderoso veículo de comunicação que este País possui. Portanto, senhor Bonner, para não continuar mantendo esse veículo de forma tão tendenciosa e contra os interesses do povo brasileiro, para que, um dia, quem sabe, possamos realmente comemorar mais uma data redonda de um jornalismo não só competente, mas também honesto e isento de manipulações sacanas e mesquinhas, quero que o senhor VÁ LAMBER SABÃO, sim, muito sabão.

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