quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Rafinha Bastos, humorista





Meio tardia esta minha reclamação contra o senhor, senhor Rafinha Bastos. Já faz alguns dias que o senhor cometeu mais uma de suas indelicadezas. Dessa vez, contra uma senhora com quem, absolutamente, não simpatizo, nem com a voz, com a pessoa, nem com suas origens, a cantora Wanessa Camargo. No entanto, não posso ficar calado, mesmo que já as consequências de sua incontinência verbal já se tenham feito sentir, com o seu afastamento dos programas de humor da Rede de Televisão Bandeirantes e, depois, com o anúncio de sua carta de demissão. Lamentável que o senhor, senhor Rafinha Bastos, não tenha seguido algumas lições de predecessores e, possivelmente, mestres do humor que o senhor pratica, um deles, José de Vasconcelos, morto há pouco. Tanto ele quanto outros de sua estirpe – Chico Anysio, Costinha (também já desaparecido), Jô Soares, Ary Toledo etc., etc., etc. – foram ou têm sido bastante cáusticos e irreverentes em suas críticas, em suas alfinetadas em tudo e em todos, quando achavam ou acham que mereciam ou merecem. No entanto, senhor Rafinha Bastos, nenhum deles, nunca, em momento algum, que eu me lembre, foram ou têm sido tão grosseiros quanto o senhor. Não que eu concorde com a besteira que anda por aí, do tal do politicamente incorreto. Nenhum humor é politicamente correto. E não deve ser, mesmo. Mas, uma coisa é humor, outra é mau humor. E o senhor tem praticado muito mais mau humor que o legítimo e irreverente humor que sua – acredito - inteligência devia praticar. Na minha modesta opinião – diante de uma figura que tem sido até mesmo capa de revistas estrangeiras, com destaque mundial nas redes de comunicação social – acho que o senhor viu subir à sua cabeça um sucesso inesperado e tem cometido destemperos verbais por conta de sua falta de preparo. O que, absolutamente, não justiça que o senhor destrate as pessoas, chamando, por exemplo, uma mulher de vaca (só porque não consegue dizer "octógono" durante uma entrevista) ou dizendo que as mulheres feias deviam agradecer por serem estupradas. Isso não é humor, senhor Rafinha Bastos, é péssimo humor. Principalmente vindo de alguém que, parecia, surgiu justamente para dar um novo e promissor alento de renovação ao gênero de humor que o senhor pratica. Se o sucesso lhe subiu às tamancas, senhor Rafinha Bastos, sugiro que reveja os programas gravados de José de Vasconcelos e de outros do passado, para deixar de ser assim tão arrogante e tão desrespeitoso para com as pessoas. E deixe de falar coisas de mau gosto, como esta, em que diante da informação da gravidez da tal senhora Wanessa Camargo, o senhor disse, como se isso pudesse ser uma piada, (abram-se as aspas) como ela e a criança (fechem-se as aspas). Por essa e por outras grossuras, distantes de qualquer humor inteligente que o senhor se arvora praticar, é que eu digo, para encerrar, que o senhor VÁ LAMBER SABÃO, MUITO SABÃO, para aprender o que é respeito e o que é bom humor.

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